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A Marca Vibracional da Consciência


A matéria não existe como a concebemos habitualmente, mas sim na forma de uma ilusão cósmica; e, para dissipar esta ilusão, necessitamos de um método definido.

Assim como é impossível curar um homem adepto aos estupefacientes em um só instante, também a consciência material, que domina o homem através da lei da ilusão, não pode ser superada senão por meio da aprendizagem e da aplicação da lei oposta, isto é, a lei da verdade.

Através de uma série de processos de condensação, o Espírito se transformou em matéria; assim, a matéria procede do Espírito e não pode, portanto, diferir de sua origem.

A matéria é uma expressão parcial do Espírito, na qual o Infinito se manifesta como finito, o Ilimitado como limitado. Porém, como a matéria não é senão uma manifestação ilusória do Espírito, esta não existe de per si.

No começo da criação, o Espírito – imanifestado até então – projetou-se na forma de duas naturezas diferentes: consciência e matéria. Estas são as duas expressões vibratórias do único Espírito transcendental, sendo a consciência uma vibração mais sutil e a matéria uma vibração mais grosseira.

A consciência é a vibração do aspecto subjetivo do Espírito, e a matéria é a vibração de seu aspecto objetivo. O Espírito, como Consciência Cósmica, é potencialmente imanente na matéria vibratória objetiva; e, em seu aspecto subjetivo, manifesta-se como a consciência presente em todas as formas criadas, alcançando sua máxima expressão na mente humana e nas inumeráveis ramificações dos processos reflexivos, emotivos, volitivos e imaginativos desta.

A diferença entre Espírito e matéria está na qualidade das vibrações de ambos; quer dizer, trata-se de uma diferença de grau, mas não de espécie. O exemplo seguinte ilustrará melhor este fato: ainda que todas as vibrações sejam qualitativamente semelhantes, o ouvido humano é somente capaz de perceber as vibrações mais grosseiras, aquelas que oscilam entre os limites de dezesseis e vinte mil ciclos por segundo; vibrações de menos de dezesseis e mais de vinte mil ciclos por segundo são geralmente inaudíveis. Não existe nenhuma diferença essencial entre as vibrações audíveis e inaudíveis, mas sim uma diferença relativa de grau entre elas.

Pelo poder de maya – a ilusão cósmica – o Criador faz com que as manifestações se apresentem tão claramente diferenciadas e individualizadas ante a mente humana que esta não as associa de forma alguma com o Espírito.

Contida na rude vibração do corpo físico, encontra-se a vibração mais sutil da corrente cósmica, a energia vital; e, inundando tanto o corpo como a própria energia vital, encontra-se a vibração mais refinada da consciência.

As vibrações da consciência são tão sutis que não é possível detectá-las mediante nenhum instrumento físico; somente a consciência pode apreender a consciência. Os seres humanos captam as miríades de vibrações emitidas pelas consciências de outros seres humanos, expressas por palavras, ações, olhares, gestos, silêncios, atitudes, etc.

Todo homem leva estampada em si a marca vibratória de seu próprio estado de consciência e emite uma influência característica tanto sobre as pessoas como sobre os objetos. Por exemplo, a casa onde mora um homem determinado, está impregnada das vibrações de seus pensamentos. Toda pessoa dotada de um certo grau de sensibilidade, será capaz de perceber nitidamente essas vibrações.

O ego humano – ou seu sentido de “Eudade”, a imagem distorcida da alma imortal – apreende a consciência de forma direta e a matéria (o corpo humano e todas as demais formas da criação) de forma indireta, através de processos mentais e de percepções sensoriais. O ego está, pois, sempre consciente de sua própria consciência, mas não o está da matéria – nem mesmo do corpo que ele mesmo habita – a não ser quando fixa sua atenção nela. É assim, que um homem que se encontra profundamente concentrado em um determinado tema, está consciente de sua mente, mas não o está de seu corpo.

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